Ainda vale a pena ler "A
Imitação de Cristo"?
O livro "A Imitação de
Cristo" foi um dos mais traduzidos no mundo. Alguns dizem que entre os
livros religiosos, depois da Bíblia, ele foi o mais traduzido. Escrito antes da
invenção da imprensa, é de surpreender que milhares de cópias estavam
espalhadas pelas bibliotecas da Europa.
Apesar de sua popularidade, não
se tinha conhecimento de quem o escrevera, de seu autor. Não é de se admirar,
pois no Capítulo II lê-se: "estima ser ignorado e tido em nenhuma
conta" ou no original em latim: "ama nesciri et pro nihilo
reputari". O Capítulo V adverte os leitores a não procurar quem disse, mas
a prestarem atenção ao que foi dito: "non quaeras quis hoc dixerit: sed
quid dicatur attende", ou seja, não importa quem escreveu "A Imitação
de Cristo", mas tão somente a sua mensagem.
Todavia, como a pergunta é se
ainda vale a pena lê-lo, saber quem o escreveu pode ser de alguma valia.
Conforme os estudos dão conta, foi escrito pelo padre Thomas Hemerken, nascido
na cidade alemã de Kempen que, ao ser colocada na forma latina torna-se Kempis,
assim diz-se que o livro foi escrito por "Thomas de Kempis".