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domingo, 12 de outubro de 2014

Testemunho de fé

Nossa Senhora Aparecida


Maria, medianeira de todas as graças




Neste Domingo, celebra-se, no Brasil, a Solenidade de Nossa Senhora da Conceição Aparecida. Todas as leituras apresentam o mistério da intercessão de Maria Santíssima, culminando com o Evangelho, que narra o milagre das bodas de Caná.

No começo desta reflexão, é importante destacar que, quando se fala da mediação de Nossa Senhora, não se fala da mesma coisa que fazem os santos, quando intercedem. A intervenção de Maria possui uma peculiaridade, que está ligada ao seu papel único na obra da salvação. Desde o início, a Igreja tem consciência de que, embora seja um só o redentor do gênero humano, Jesus Cristo, essa redenção se operou com a colaboração direta da Virgem Santíssima. É por isso que, assim como São Paulo chama Jesus de “novo Adão” [1], a Igreja – por meio de padres como São Justino, Santo Inácio, Santo Irineu, Tertuliano etc. – nunca hesitou chamar Maria de “nova Eva”, pois, assim como um anjo visitou uma virgem, no Gênesis, para perder a humanidade, outro anjo visitou outra virgem, na plenitude dos tempos, para salvá-la.

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Celibato Sacerdotal

FUNDAMENTOS HISTÓRICOS DO CELIBATO SACERDOTAL 

Dom Herique, bispo auxiliar de Aracaju, oferece a tradução deste estudo do Pe. Christian Cochini, SJ, sobre o celibato sacerdotal, aparecido na revista Sacrum Ministerium, número 2 de 1997, que aqui é apresentado. Com a finalidade que seja útil e esclarecedora, ajudando-o a apreciar o inestimável dom do celibato sacerdotal para toda a Igreja. 

Passaram-se já trinta anos da publicação da Encíclia Sacerdotalis Caelibatus, emanada do Papa Paulo VI. Trinta anos de pesquisa, como desejou o seu Autor, mas também trinta anos de crise. Não em maior medida do que fez o Concílio Vaticano II nem mais do que fizeram outras declarações do Magistério sobre a questão, o documento papal na realidade não pôs fim às contestações. No clima social dos anos 60, saturado de erotismo, a dúvida que tomou conta de muitos concernente ao valor do celibato sacerdotal encontrou com extrema facilidade um terreno particularmente fértil no qual multiplicar-se. Às motivações amplamente desenvolvidas por Paulo VI para justificar a disciplina da Igreja latina responderam numerosas vozes que levantaram outros tantos moticos para criticá-la. Foi como se a Encíclia, contrariamente ao seu objetivo, tivesse aberto um debate no qual cada um sentia-se autorizado a intervir, com propósito e com despropósito. Aplaudido pelos meios de comunicação, o matrimônio de muitos sacerdotes revestiu-se de um odor profético e vários teólogos colocaram em questão os fundamentos do celibato. 

Trinta anos, no curso dos quais verificaram-se não poucos dramas, mas que permitiram à Igreja exercitar uma ação de discernimento mais profundo. Em 1992, a diagnose contida na Exortação apostólica Pastores dabo vobis, de João Paulo II, graças à sua precisão e sua clareza, anunciou a conclusão da crise. Fruto da reflexão colegial do Episcopado do mundo inteiro no Sínodo de 1990, pode-se afirmar que o novo documento redescobriu “toda a profundidade da identidade sacerdotal” e mostrou que somente “um conhecimento exato e profundo da natureza e da missão do sacerdócio ministerial” poderia resolver o problema. O sacerdote não é e não será nunca um “funcionário”; ele é unido a Cristo, Sumo Sacerdote e Bom Pastor, com um liame ontológico específico que faz dele, no sentido forte do termo, um alter Christus. A imitação da virgindade de Cristo é também, para este outro Cristo que é o sacerdote, um caminho seguro para assemelhar-se a Ele e, com Ele, “oferecer-se por ela”, pela Igreja, sua Esposa. Sobre este fundamento teológico incontestável o celibato sacerdotal reencontra a sua alta nobreza. Ao manifestar as suas raízes evangélicas, a Exortação apostólica Pastores dabo vobis une esta vocação celibatária Àquele que, de um modo único e irrepetível, pode dar-lhe significado e oferecer àqueles que são chamados a vivê-la, o cêntuplo em termos de amor e de paternidade. 

terça-feira, 20 de maio de 2014

Celibato

Celibato, sinal escatológico


Introdução

“Portanto, eis que eu a atrairei, e a levarei para o deserto, e lhe falarei ao coração” (Os2,14).
Convém dar um conceito básico sobre o que é escatologia. Escatologia: Do gregoéskata (coisas últimas) e logos (conhecimento): estuda o que, pela Revelação, sabemos acerca do que existe após o fim da vida terrena. Pode dividir-se em três partes: a) Escatologia Universal: vinda gloriosa de Cristo no fim do mundo e plenitude do Reino de Deus; b) Escatologia Individual: morte de cada ser humano e seu destino eterno; c) Escatologia Intermédia: abarca desde a morte de cada pessoa até à sua ressurreição no último dia. “Celibato, sinal escatológico” quer entender o exercício da sexualidade do celibatário pela luz do que acontecerá após a morte e ressurreição.

Uma das dificuldades para se entender o estado celibatário é a falta de fé. O celibato é, antes de tudo, um carisma. Não é apenas um meio para se ganhar tempo, ou outro fim material. Não é uma opção acidental ou casual. O celibato possui algumas vantagens e características facilmente compreensíveis a qualquer um mesmo sem fé, mas o seu motivo essencial é de fé. E uma fé que reconhece a) Jesus Cristo; b) a Igreja Católica como Esposa de Cristo; c) e o Reino dos céus, onde veremos Deus face-a-face. Logo se vê que alguém, que não confessasse a fé católica, difilcilmente compreenderá a profundidade da questão. Assim como alguém que não cresse, quissesse falar sobre a Eucaristia, não teria a profundidade suficiente de quem vive da fé. O celibato é um mistério da fé.

O celibato, seja sacerdotal ou leigo, possui uma dimensão esponsal e paternal-maternal. Isso é desconhecido pela maioria das pessoas. Assim como o matrimônio humano também possui uma dimensão virginal. Logo se vê que a questão vai muito mais além do que se pensa.

Corrre-se o risco de que se viva na prática o celibato, mas sem compreendê-lo plenamente. E com isso, em vez de ser um carisma, se torna uma restrição para o amor. Percebe-se que uma visão secularizada do celibato só possa ver aí a frustração dos instintos mais básicos do ser humano. Mas não é essa a experiência de milhões e milhões de celibatários ao longo da história. Poderíamos dizer com santa Teresinha : “no coração da Igreja, serei o amor“.