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sexta-feira, 23 de agosto de 2013

A mediação de Maria contra o escândalo do mal

A intercessão de Nossa Senhora é uma das principais 
armas do cristão contra o flagelo do pecado

A recente decisão do Papa Francisco de repetir o gesto de seus predecessores,  consagrando novamente o mundo ao Imaculado Coração de Maria, reacende no coração dos católicos a necessária devoção mariana, já que "não há fruto da graça na história da salvação que não tenha como instrumento necessário a mediação de Nossa Senhora"01. Ela, a Tota Pulchra, a Virgem Puríssima cuja maternidade divina se estende desde o céu a toda a humanidade, é quem prodigaliza as bênçãos da paixão, morte e ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo, repartindo-as de bom grado entre cada um de seus filhos, sobretudo entre aqueles que souberem optar pelo sim total ao seu dulcíssimo coração.

O vale de lágrimas no qual se transformou os países do Oriente Médio, em especial, o Egito, onde centenas de milhares de cristãos estão sofrendo, vítimas da perseguição de extremistas islâmicos, provoca, obviamente, dor, desespero e indignação. A experiência daqueles que, de sobressalto, veem-se mergulhados numa esfera de terror e medo, como é a dessas nações neste momento, suscita as palavras de Cristo na cruz: "Eli, Eli, lammá sabactáni? - o que quer dizer: Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?" (Cf. Mt 27, 46). Por outro lado, ao longo desses dois milênios de Cristandade, a intercessão da Virgem Maria pelos filhos da Igreja sempre foi um refúgio seguro para defesa da fé. Com efeito, cada fiel é novamente convidado a recorrer à proteção da Mãe de Deus, tida pela Tradição como a Auxilium Christianorum, sempre que o bem da causa de Cristo estiver em jogo, como o está agora.

Recorda o Papa Leão XIII, na sua Encíclica Augustissimae Virginis Mariae acerca da récita do rosário, que "a história da Igreja atesta a força e a eficácia destas orações, recordando-nos a derrota das forças turcas na batalha naval de Lepanto, e as esplêndidas vitórias alcançadas no século passado sobre os mesmos Turcos em Temesvar, na Hungria, e perto da ilha de Corfu"(Cf. 09). Alçada pela vontade de Deus à graça de cooperar na obra da salvação, Maria, sempre que invocada por seus filhos, não os abandonou à própria sorte, antes, agiu de forma decisiva para o êxito da Igreja e para glória do nome de seu filho, Nosso Senhor e Salvador.

Inúmeros são os testemunhos dos santos que, abandonando-se à proteção maternal de Maria, puderam antegozar na terra o paraíso que os aguardava no céu. Ora, e não há um sequer que tenha chegado à glória dos altares sem antes ter-se formado no cenáculo da Beatíssima Virgem, o qual também formou Jesus durante 30 anos, período em que viveu servindo-a em silêncio e recolhimento antes da sua revelação pública. Tamanha é a pureza de Maria, diz São Luís Maria Grignon de Montfort, "que Ela glorificou mais Deus pela mínima das suas obras (por exemplo: fiar na sua roca ou dar alguns pontos de costura com agulha), do que São Lourenço pelo cruel martírio que sofreu na grelha, e mesmo do que todos os santos pelas suas mais heróicas ações".

Na condição de criatura escolhida por Deus para dar à luz o seu próprio filho, Maria teve a nobre missão de ensinar a Palavra de Deus a falar, uma vez que era Ele "semelhante a nós em tudo, exceto no pecado" (Cf. CIC, n.470). Se, portanto, Deus, para redimir o gênero humano, se submeteu aos cuidados de uma mulher, acolhendo-a por mãe, que resta à humanidade senão ir ao encontro dessa mesma mulher em caráter verdadeiramente filial? Ora, se Deus a amou como Filho, como não amá-la e servi-la também?

Ocorre que, perante o flagelo da humanidade pelo pecado e pela ação destruidora do mal, é exatamente neste momento - lembra Bento XVI - "que teremos em Nossa Senhora a melhor defesa contra os males que afligem a vida moderna". Com efeito, faz-se mais do que urgente a consagração total ao Imaculado Coração de Maria, porquanto "foi pela Santíssima Virgem Maria que Jesus Cristo veio ao mundo, e é também por Ela que deve reinar no mundo".02

Referências
1.         Missa e Canonização de Frei Antônio de Sant’Anna Galvão, OFM

2.         Cf. Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem, n. 01

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Perpetuo Socorro

ORIGEM DA DEVOÇÃO

Muito venerado no oriente desde os tempos imemoriais, o ícone de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro está entre as mais expressivas invocações a Maria, Mãe de Deus. No Brasil, a devoção de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro é muito popular. As novenas perpétuas são bastante concorridas e participadas onde são celebradas.

Origem desconhecida

Não se conhece a origem da pintura denominada Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Alguns historiadores indicam que o quadro teria sido pintado por uma artista grego, por volta do século XIII ou XIV. Sabe-se, porém, que ele pertencia a uma igreja na ilha de Creta, onde era venerado.

O roubo do Quadro

A história nos conta que o quadro foi roubado dessa igreja por um rico comerciante, que o levou para vendê-lo em Roma. Dizem que, durante a viagem, uma forte tempestade colocou em perigo a vida dos passageiros e somente com a intervenção de Nossa Senhora eles conseguiram se salvar.

Aparições

Quando o comerciante morreu, o quadro ficou sob a guarda de uma família romana e foi nessa casa que Nossa Senhora apareceu a uma menina de seis anos e pediu que o quadro fosse colocado em uma igreja onde ela deveria ser venerada com o título de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Em outra aparição, Nossa Senhora indicou que gostaria que o quadro fosse colocado na Igreja de São Mateus, cuidada pelos padres agostinianos.

O quadro foi esquecido

Então, o quadro foi entregue à igreja de São Mateus, no ano de 1499, onde permaneceu durante 300 anos. A Igreja tornou-se local de peregrinação e muitos que lá acorriam contavam graças recebidas por intermédio de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Com a invasão de Roma pelos franceses, em fins do século XVIII, a igreja foi destruída e os religiosos agostinianos que ali trabalhavam levaram o ícone para outro lugar, onde ficou guardado e esquecido.

Papa Pio IX confia o quadro aos Redentoristas

Em 19 de janeiro de 1866, o Papa Pio IX confiou o quadro de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro aos missionários redentoristas, com a especial recomendação: “Fazei que todo o mundo A conheça”. Para torná-lo conhecido e amado em todo o mundo outras cópias seguiram com esses missionários para a divulgação da devoção. Nossa Senhora do Perpétuo Socorro foi declarada Padroeira dos Redentoristas, cuja a festa é celebrada no dia 27 de junho.

Padroeira dos Redentoristas


Depois de restaurado, o ícone foi devolvido à veneração pública e entronizado solenemente na igreja de Santo Afonso, construída sobre as ruínas da antiga igreja de São Mateus e de São João de Latrão. Hoje, o quadro é o ícone da tradição bizantina mais venerado no mundo, graças ao trabalho dos redentoristas.

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Promoção Vocacional


No último dia 25 de abril, em Roma, o Superior Geral da Congregação do Santíssimo Redentor, padre Michael Brehl, anunciou um Ano de Promoção da Vocação Missionária Redentorista. O lançamento será feito durante a Jornada Afonsiana, em Aparecida (SP) no dia 22 de julho próximo. A abertura oficial será na Igreja Santo Afonso, no Rio de Janeiro (RJ), no dia 1º de agosto de 2013, e o encerramento no aniversário de fundação da Congregação, no dia 9 de novembro de 2014.

De acordo com o comunicado enviado pelo Superior, o objetivo desta celebração é fortalecer a promoção da vocação missionária redentorista, como padre, irmão, irmã ou leigosa, além de incentivar cada unidade da congregação a “descobrir passos concretos que se possam dar para desenvolver sua pastoral vocacional”. Também é desejo do Governo Geral que “cada comunidade deve encontrar ]maneiras específicas para celebrar a Vocação Missionária Redentorista”.

A seguir, a íntegra da carta: